3 dicas simples para ter boas conversas com seu filho
- Renata Pereira Lima
- 24 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Não dá para escutar e pensar ao mesmo tempo. É preciso foco e concentração para compreender o que o filho fala...

Quem nunca disse alguma dessas frases:
“Filho, pode falar que eu estou te ouvindo”, enquanto mexia no celular...
Ou, ouvindo o desabafo de uma filha, respondeu com a melhor das intenções: “Enquanto você falava, eu fiquei aqui pensando que você podia fazer isso ou aquilo bla bla bla...”
A gente tem certeza de que consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo, não é mesmo? Ainda mais escutar e responder, que são atividades tão automáticas... Moleza!
Pois é... Os fãs das multitarefas que me desculpem, mas escutar é uma monotarefa! Exige foco, concentração e tem um monte de estudos da neurociência provando isso...não dá para escutar e pensar ao mesmo tempo!
Precisamos de um tempo para processar o que foi dito antes de dar uma resposta. Sem isso, quem manda na conversa é o “piloto automático” e, com ele, caímos naquela situação de “ouvir para responder e não para compreender” o que o filho está nos dizendo.
Ao darmos essas respostas impulsivas, automáticas, sem refletir, nossa comunicação fica truncada e não tem como gerar boas conversas. Corremos muito risco de:
- Não perceber os sentimentos escondidos na fala do filho;
- Minimizar, diminuir o que o filho está sentindo: “isso não é nada”, “Vai passar”;
- Fazer julgamentos, se o que foi dito é certo ou errado;
- Dar conselhos imediatos, que nem dão tempo para o filho pensar em algum jeito de resolver a questão;
- Parecer, mas não ter disponibilidade para a conversa. Não estamos ali de corpo e alma.
Algumas dicas simples podem ajudar na nossa concentração, aumentando a chance de termos conversas mais bacanas:
1. Deixar o celular de lado;
2. Interagir com pequenas palavras: hum, sei, ahã, é mesmo?, entendi, nossa...;
3. Enviar “mensagens não verbais” de que estamos prestando atenção: olhar nos olhos, descruzar os braços, assentir com a cabeça... Afinal, o corpo também fala!
Enfim, podemos ter uma postura de quem realmente está interessado em escutar o que o filho está dizendo.
Desejo boas conversas para vocês!












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